segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Vigésimo terceiro dia

Uma pequena observação antes de eu começar a escrever sobre o vigésimo terceiro dia: Estou escrevendo o blog de hoje a bordo de um TGV, que pra quem não sabe, vem a ser o trem veloz daqui. Estamos indo de Nimes pra Paris. Mas depois eu conto como é andar nessa maravilha tecnológica.

O dia de hoje começou muito bem. O hotel foi tão bom que até café da manhã estava incluído – aqui na França quase nenhum hotel tem o café da manhã incluído. Uma delícia de café. Como nossa diária só terminava às 11h, resolvemos dar uma volta na pequena cidade pela manhã. Pasmem com a nossa sorte: era dia de feira em Lourmarin. Podem imaginar o que isto significa por aqui? A cidade fica cheia de gente, trocentas barraquinhas vendendo de comida a roupa. Tem de um tudo! Ficamos malucos com a feira. Um espetáááculo!!! Depois de dar uma boa volta por toda a feira, já era hora de levantarmos acampamento. Fomos embora tristes, pois a vontade de ficar mais um ou dois dias por aqui era imensa, mas já tínhamos reserva não reembolsável em outro hotel, de outra cidade. Que pena! Fiquem de antemão sabendo que quem passar pelo sul da França, Lourmarin é parada obrigatória. Depois eu digo o nome do hotel, que é claro não lembro agora.

Bom hotel... bom café da manhã.

Lourmarin de manhã.


Como ontem acabamos não conhecendo nenhuma das cidades que programamos para estes dois dias, tínhamos uma lista de cidades pra conhecer. E assim fomos. Já acusando uma certa impaciência e um certo cansaço de ficar andando de carro de cidade em cidade.

Passamos por Bonniex, Lacoste, Ménerbes e Oppède, sendo que nesta nós não conseguimos achar o centro. Ahahaha... o GPS nos mandava prum lugar que não tinha nada. Ficamos sem entender e passamos adiante. A sorte deste dia ficou por conta do almoço. Com muita fome a paciência diminui ainda mais e o humor começa a ir embora. Começamos a procurar meio que desesperadamente um lugar pra comer. Mas não achávamos nada. A última esperança, Oppède, não deu em nada. Resolvemos então tentar numa cidade vizinha a Oppède e que parecia ser um pouco maior. No caminho passamos por um restaurantezinho e resolvemos parar. O lugar tinha uma pizza maravilhosa. Massa finíssima e muito diferente das que temos no Brasil. Parecia um biscoitinho. Que maravilha!

Bonnieux vista da estrada

Entrada da cidade de Ménerbes


Já sem fome e ainda sem muita paciência, resolvemos desistir das cidades que faltavam e fomos direto pra cidade onde tínhamos reserva – Aigues Mortes. A esperança era que o hotel reservado fosse tão bom quanto o de ontem.

Aigues Mortes é uma cidade pequena e cercada por uma muralha medieval. De cara chegamos ao hotel e vimos que não era nada demais. Os problemas foram a ausência de frigobar no quarto (problema menor), o hotel era fora da cidade (problema médio – ficava a cinco minutos andando das muralhas) e a ausência de elevador (problemão – com a quantidade e peso das bagagens...). Fizemos o checkin e fomos conhecer a cidade – a pé, já que eu a paciência pra dirigir já tinha acabado. Resumo desta ópera: nenhum dos três gostou da cidade murada. Não achamos graça nenhuma. Compramos uma baguete e um vinho numa das caves da cidade e voltamos pro hotel.

Aigues Mortes - uma das ruazinhas dentro
das muralhas medievais (ao fundo).


Fizemos um mega-lanche e fomos dormir – cansados, felizes e ainda lembrando da cidade e do hotel de Lourmarin.

Picnic completão no quarto.

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