sábado, 24 de outubro de 2009

Vigésimo primeiro dia

Depois de vinte dias de muuuuita sorte com dias lindos, céu azul e ensolarados – tudo bem, com uma certa friaca incomodando – o dia de hoje clareou sob chuva. No primeiro momento não tínhamos a idéia do quanto isto nos atrapalharia, mas logo deu pra ver como seria o dia.

A programação de hoje era ir a Mônaco, que está a pouco mais de vinte minutos de Nice (onde dormimos), e depois Menton, que seria a última cidade de praia que visitaríamos.

Para ir de Nice pra Mônaco nós escolhemos uma estradinha que vai beirando o mar. A certa altura começa uma serrinha que nos proporcionou uma vista lindíssima de uma enseada entre Nice e Mônaco. Um espetáculo!

Visual da estradinha que vai pra Mônaco


Chegando a Mônaco, conhecemos logo o primeiro problema: o trânsito. Chovia muito e a quantidade de carros nas ruas era assustadora. Tbém assustava a quantidade de sinais de trânsito. Pra descer da estrada e chegar até o centro de Mônaco – um trajeto que deveria ser de cinco a dez minutos – nós demoramos uma meia hora. Avistamos o estacionamento do Cassino e fomos direto pra ele. O pensamento era de parar o carro e tentar dar uma volta a pé, mas, como estava chovendo, não dava pra saber se conseguiríamos. Eu queria, pelo menos, dar uma olhada no Cassino, na praça do Cassino, que é linda, e tentar ver o circuito da fórmula um. Logo que saímos do estacionamento vimos que seria quase impossível. Chovia demais e andar debaixo da chuva não era a melhor coisa a se fazer. Então, demos uma andada até a porta do Cassino, tiramos umas fotos, andamos um pouquinho mais até a praça e desistimos. Pegamos o carro e tentamos dar uma volta. Bobagem tbém. Até deu pra ver uma parte do “autódromo”, mas foi muito pouco. Acabamos vencidos pelo trânsito e partimos em direção a Menton.

A praça do Cassino de Mônaco e
ao fundo o dito cujo


Em Menton as coisas não foram muito diferentes. Sob muita chuva, nós nem arriscamos sair do carro. Demos uma voltinha no trânsito e tbém fomos vencidos por ele. Parece que andar de carro por estas bandas não é muito recomendável. Até deu pra ver que a cor da água aqui é diferente: um azul cor de piscina faz parecer que estamos no Caribe – é que a praia aqui é formada de pequenas pedrinhas muito brancas, daí a água fica azul como uma piscina.

Como terminamos de ver tudo antes de meio dia e ainda tínhamos metade do dia sobrando, paramos o carro e mudamos o planejamento. Resolvemos tentar ir atrás da neve. A pouco menos de cem quilometros dali existem três estações de esqui. São as cidades de Valberg, Isola 2000 e Auron. Como estava um frio do cão, achamos que eu teria chance de finalmente ver a cor da neve. Partimos pra lá.

De cara a estrada que liga Nice a Valberg estava fechada por causa do mau tempo. Tivemos que dar uma voltinha extra, mas valeu a pena. Acho que esta foi a estrada mais bela que passamos em toda a viagem. Antes de começar a subir, margeamos um rio durante uma meia hora num vale lindíssimo. Qdo começou a subir, as belezas continuaram. A estrada ficou mais estreita e mais perigosa. Curvas apertadas e túneis minúsculos. Um verdadeiro espetáculo na terra. Imperdível. O tempo todo ficávamos olhando o termômetro do carro, na expectativa dele baixar rápido. Mas ele parou nos oito graus e parecia que as chances de ver a neve diminuíam enquanto subíamos mais. Depois de pouco mais de uma hora e meia de estrada, os primeiros sinais da neve. No cantinho da estrada – como se fosse a sarjeta – montinhos se acumulavam. Qdo chegamos a Valberg, a mais próxima das três cidades de neve, o lugar mais parecia uma cidade fantasma. O termômetro chegou a cinco graus, chovia cântaros e os únicos sinais de neve eram os montinhos que iam se desfazendo conforma a chuva caía. Pra fechar com chave de ouro, ao longe se via uma montanha enorme, com o topo branquinho, cheio de neve. Lindo!! Tomamos um café no único estabelecimento aberto no lugar, onde tinham as únicas quatro pessoas da cidade e fomos embora. Ainda tínhamos toda a estrada na volta. Que passeio lindo! Desfecho lindo pro Cote D’Azur. Amanhã partiremos definitivamente pro interior pra depois subirmos pra Paris

Cidadezinha cercada por muralhas medievais
vista da estrada que vai pra Valberg

O rio e o vale. Espetaculares!

A beleza da estrada

Valberg e os montinhos de neve

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